quinta-feira, 5 de setembro de 2013

FUNDAMENTAÇÃO TEORICA



Ana Wilma Silva dos Santos
Maria da Conceição da Silva
 

A primeira ideia que geralmente se tem do conceito de deficiência: É um comprometimento no qual a pessoa não tem probabilidade de desenvolver aptidões sociais, capacitações físicas e intelectuais.

Bersch e Machado (2007) apresentam analise dos estudos terminológicos adotados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a qual tem contribuído com a concepção que se tem sobre deficiência, igualmente, interagindo com outras áreas do conhecimento tem auxiliado a educação na busca de serviços e recursos que garantam a pessoa com deficiência sua participação na sociedade. Ao abordar essa análise, cita os artigos 3º e 4º do Decreto nº 3.298 de 1999 da legislação brasileira, que diz:

Art. 3º - Para efeito deste Decreto, considera-se:

I – Deficiência – toda perda ou anormalidade de uma estrutura ou função psicológica, fisiológica ou anatômica que gere incapacidade para o desempenho de atividade dentro do padrão considerado normal para o ser humano;

Art. 4º - Deficiência física – alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos do corpo humano, acarretando o comprometimento da função física, apresentando-se sob a forma de paraplegia, paraparesia, monoplegia, monoparesia, tetraplegia, tetraparesia, triplegia, triparesia, hemiplegia, hemiparesia, amputação ou ausência de membros, paralisia cerebral, membros com deformidade congênita ou adquirida, exceto as deformidades estéticas e as que não produzam dificuldades para o desempenho de funções.

As classificações sobre deficiência adotadas pela Organização Mundial da Saúde – OMS, aliadas a perspectiva inclusiva e aos seus conceitos, nos ajuda a não termos interpretações equivocadas e preconceituosas. Bem como definirmos politicas de atendimentos, recursos materiais, condições sociais e escolares.

Fica claro que as terminologias atreladas aos seus conceitos definem a nossa capacidade de se referir a deficiência como qualquer outra característica física da pessoa.

Com o proposito de esclarecer o que é Deficiência Física, (Bersch e Machado apud. BRASIL, 2006, p.28), cita o documento “Salas de Recursos Multifuncionais (SRM). Espaço do Atendimento Educacional especializado (AEE).” Pulicado pelo ministério da educação afirma que:

A deficiência física se refere ao comprometimento do aparelho locomotor que compreende o sistema Osteoarticular, o Sistema Muscular e o Sistema Nervoso. As doenças ou lesões que afetam quaisquer desses sistemas, isoladamente ou em conjunto, podem produzir grandes limitações físicas de grau e gravidades variáveis, segundo os segmentos corporais afetados e o tipo de lesão ocorrida.

Na SRM, espaço localizado nas escolas de educação básica, onde acontece o atendimento do AEE, para alunos público-alvo da educação especial no contra turno à escolarização, o profissional especializado que atua nesse espaço tem como uma de suas atribuições, diagnosticar quais os tipos e graus de comprometimento, e, complicações que em muitos casos vem associada à deficiência física, por exemplo, privações sensoriais, epilepsia, problemas de saúde, paralisia cerebral associada a problemas de comunicação entre outras. O conhecimento dessas informações ajudará o professor do AEE a entender e organizar o atendimento para o aluno e orientar o professor da sala comum sobre as especificidades de cuidados em relação às complicações.

 Bock e Bersch apresentam uma reflexão a respeito do trabalho do “Atendimento Educacional Especializado – AEE, na sala de recursos multifuncional, e o estabelecimento de uma rede de parcerias que contribua para uma compreensão e intervenção aprofundadas para a resolução de barreiras enfrentadas pelos alunos com deficiência física, na perspectiva da educação inclusiva.” (p. 1). As autoras acreditam que, se proporcionada essa rede de apoio e com intervenção educacional adequada, de certo rompe o ciclo de impossibilidade de escolaridade do aluno com DF. Ainda, segundo as autoras Bock e Bersch, garantir as condições de acessibilidade é uma parte importante do processo de inclusão dos alunos com deficiência. O que se pode afirmar é que tal percepção exige um processo de diálogo continuo, partilham de conhecimento, cooperação na gestão do ambiente escolar e parcerias complementares.

Ao identificar a natureza do problema do educando, bem como suas possibilidades a professora do AEE deve elaborar o plano individual que atenda as necessidades do educando e quais recursos da área da tecnologia assistiva (TA) produzirá para desenvolver sua ação e a ação do educando, para que o mesmo possa participar das atividades escolares com autonomia.

 

Referências:

Carolina R, Schirmer...[et al.]. Deficiência Física – São Paulo: mec/seesp, 2007.

Böck, G. L. K. e Campos, L. D. O Passo a Passo do Estudo de Caso para pessoas com Deficiência Física, 2013.

 

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

TECNOLOGIA ASSISTIVA – TA


TECNOLOGIA ASSISTIVA – TA

          Ana Wilma Silva dos Santos

A área da tecnologia assistiva que se destina especificamente à ampliação de habilidades de comunicação é denominada de Comunicação Aumentativa e Alternativa (CAA).  O uso desse recurso destina-se a indivíduos sem fala ou sem escrita funcional ou em defasagem entre sua necessidade comunicativa e sua habilidade de falar e/ou escrever.

Deveremos utilizar imagens que fazem sentido para o usuário e, em se tratando de recursos de comunicação no ambiente escolar, por exemplo, um aluno com paralisia cerebral do tipo espástica com uma disartria moderada em sala de aula, o professor deverá construir os recursos de acessibilidade e criar várias atividades educacionais para garantir acessibilidade e participação desse aluno em sala de aula comum.

Exemplo de um recurso da Comunicação Aumentativa e Alternativa (CAA)

As Pranchas de comunicação expõem vários símbolos e são construídas conforme as necessidades comunicativas do sujeito usuário desse recurso, neste caso são personalizadas.  Existem diversos tipos que podem ser utilizadas por vários usuários em ambientes escolares, turma biblioteca entre outros. Esse recurso possibilita um ambiente produtivo de símbolos e comunicação nos diversos espaços educacionais.   Tem o objetivo de ampliar o repertório comunicativo que envolve habilidades de expressão e compreensão da pessoa com deficiência.

Prancha de comunicação com símbolos, fotos ou figura.

Descrição de imagem:

Visualiza-se uma prancha de comunicação com dezoito símbolos gráficos PCS cujas mensagens servirão para escolher alimentos e bebidas. Os símbolos PCS estão organizados por cores nas categorias sociais (oi, podes ajudar?, obrigada); pessoas (eu, você, nós); verbos (quero, comer, beber); substantivos (bolo, sorvete, fruta, leite, suco de maçã e suco de laranja) e adjetivos (quente, frio e gostoso).