Ana
Wilma Silva dos Santos
Maria
da Conceição da Silva
A primeira ideia que
geralmente se tem do conceito de deficiência: É um comprometimento no qual a
pessoa não tem probabilidade de desenvolver aptidões sociais, capacitações
físicas e intelectuais.
Bersch e Machado (2007)
apresentam analise dos estudos terminológicos adotados pela Organização Mundial
da Saúde (OMS), a qual tem contribuído com a concepção que se tem sobre
deficiência, igualmente, interagindo com outras áreas do conhecimento tem
auxiliado a educação na busca de serviços e recursos que garantam a pessoa com
deficiência sua participação na sociedade. Ao abordar essa análise, cita os
artigos 3º e 4º do Decreto nº 3.298 de 1999 da legislação brasileira, que diz:
Art. 3º - Para efeito
deste Decreto, considera-se:
I – Deficiência – toda
perda ou anormalidade de uma estrutura ou função psicológica, fisiológica ou
anatômica que gere incapacidade para o desempenho de atividade dentro do padrão
considerado normal para o ser humano;
Art. 4º - Deficiência
física – alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos do corpo humano,
acarretando o comprometimento da função física, apresentando-se sob a forma de
paraplegia, paraparesia, monoplegia, monoparesia, tetraplegia, tetraparesia,
triplegia, triparesia, hemiplegia, hemiparesia, amputação ou ausência de
membros, paralisia cerebral, membros com deformidade congênita ou adquirida,
exceto as deformidades estéticas e as que não produzam dificuldades para o
desempenho de funções.
As classificações sobre
deficiência adotadas pela Organização Mundial da Saúde – OMS, aliadas a
perspectiva inclusiva e aos seus conceitos, nos ajuda a não termos
interpretações equivocadas e preconceituosas. Bem como definirmos politicas de
atendimentos, recursos materiais, condições sociais e escolares.
Fica claro que as
terminologias atreladas aos seus conceitos definem a nossa capacidade de se
referir a deficiência como qualquer outra característica física da pessoa.
Com o proposito de
esclarecer o que é Deficiência Física, (Bersch e Machado apud. BRASIL, 2006,
p.28), cita o documento “Salas de Recursos Multifuncionais (SRM). Espaço do
Atendimento Educacional especializado (AEE).” Pulicado pelo ministério da
educação afirma que:
A deficiência física se
refere ao comprometimento do aparelho locomotor que compreende o sistema
Osteoarticular, o Sistema Muscular e o Sistema Nervoso. As doenças ou lesões
que afetam quaisquer desses sistemas, isoladamente ou em conjunto, podem
produzir grandes limitações físicas de grau e gravidades variáveis, segundo os
segmentos corporais afetados e o tipo de lesão ocorrida.
Na SRM, espaço localizado
nas escolas de educação básica, onde acontece o atendimento do AEE, para alunos
público-alvo da educação especial no contra turno à escolarização, o profissional
especializado que atua nesse espaço tem como uma de suas atribuições,
diagnosticar quais os tipos e graus de comprometimento, e, complicações que em
muitos casos vem associada à deficiência física, por exemplo, privações
sensoriais, epilepsia, problemas de saúde, paralisia cerebral associada a
problemas de comunicação entre outras. O conhecimento dessas informações
ajudará o professor do AEE a entender e organizar o atendimento para o aluno e
orientar o professor da sala comum sobre as especificidades de cuidados em
relação às complicações.
Bock e Bersch apresentam uma reflexão a
respeito do trabalho do “Atendimento Educacional Especializado – AEE, na sala
de recursos multifuncional, e o estabelecimento de uma rede de parcerias que
contribua para uma compreensão e intervenção aprofundadas para a resolução de
barreiras enfrentadas pelos alunos com deficiência física, na perspectiva da
educação inclusiva.” (p. 1). As autoras acreditam que, se proporcionada essa
rede de apoio e com intervenção educacional adequada, de certo rompe o ciclo de
impossibilidade de escolaridade do aluno com DF. Ainda, segundo as autoras Bock
e Bersch, garantir as condições de acessibilidade é uma parte importante do
processo de inclusão dos alunos com deficiência. O que se pode afirmar é que
tal percepção exige um processo de diálogo continuo, partilham de conhecimento,
cooperação na gestão do ambiente escolar e parcerias complementares.
Ao identificar a natureza
do problema do educando, bem como suas possibilidades a professora do AEE deve
elaborar o plano individual que atenda as necessidades do educando e quais
recursos da área da tecnologia assistiva (TA) produzirá para desenvolver sua
ação e a ação do educando, para que o mesmo possa participar das atividades
escolares com autonomia.
Referências:
Carolina R, Schirmer...[et
al.]. Deficiência Física – São Paulo: mec/seesp, 2007.
Böck, G. L. K. e Campos,
L. D. O Passo a Passo do Estudo de Caso para pessoas com Deficiência Física,
2013.