sábado, 7 de dezembro de 2013

AUDIODESCRIÇÃO: Uma alternativa para enxergar o mundo


 
            AUDIODESCRIÇÃO: Uma alternativa para enxergar o mundo
        Ana Wilma Silva dos Santos
 anawilmasspedrofilho@gmail.com
A audiodescrição é um recurso de acessibilidade que possibilita a inclusão de pessoas com deficiência visual a participarem da cultura e da informação gravados ou ao vivo, como por exemplo, teatro, cinema, seminários, congressos, palestras, musicais, programas de televisão entre outros, através de informação sonora. Transforma o visual em verbal, segundo MOTTA et al (2010), é uma atividade de mediação linguística, uma modalidade de tradução intersemiótica, [...] abrindo possibilidades maiores de acesso à cultura e à informação, contribuindo para a inclusão cultural, social e escolar.
          Trata-se de um instrumento para as pessoas com deficiência visual, no entanto, todas as pessoas podem se beneficiar com o uso desse recurso, pois ele amplia também o entendimento de pessoas com deficiência intelectual, idosos e disléxicos.
Descrição de tira cômica
 
 
Legenda: TIRAS DA TURMA DO XAXADO: ELEIÇÕES
Descrição: A tirinha colorida, com 3 quadros, mostra duas pessoas sentadas,  uma de frente para outra sendo uma homem e uma mulher, entre ambos uma mesa redonda,  sobre a mesa uma toalha de cor lilás e uma bola de cristal. O homem, magro, alto, desdentado e barbudo, chame-se Genuíno, vestindo camisa azul claro, a calça azul num tom mais escuro, colete de couro de cor marrom, segurando um chapéu de couro nas mãos, porém encostado contra o peito.  A mulher é uma cartomante, gorda, veste um vestido verde claro, lenço lilás sobre a cabeça, um par de brincos e pulseira amarelos. Suas falas estão dentro de balões.
Q1 – A mulher com os olhos em direção a bola de cristal diz: genuíno, tu vai ocupar um cargo de muita responsabilidade antes do fim do ano! Ele responde: Eu sabia!
Q2 – A mulher ainda diz: pessoas tomarão importantes decisões, mas antes passarão por tu! Ele, entusiasmado diz: Vixi! Vô me dá bem!
Q3 – Fora do local (tenda) onde se encontrava, Genuíno encontra um homem trajando calça azul, camisa e boné amarelos, sapato de cor marrom e a tiracolo uma bolsa de cor lilás, na mão esquerda um envelope de papel, no caso um carteiro. Ainda no mesmo quadrinho aparece Genuíno com uma carta nas mãos, surpreso, diz: Disgrama! Vô sê mesário nas eleição!
        Os possíveis usos pedagógicos dessa atividade são de grande relevância para os estudantes com deficiência visual.  Ao propor uma aula audiodescritiva o professor possibilita o aluno com deficiência visual a fazer a representação pelo pensamento, aproximando-o dos eventos, neste caso o da tirinha supracitada.  

         Na descrição das características físicas e psicológicas das personagens, a descrição do ambiente, entre outros aspectos importantes presentes no texto visual, que será transposto para o verbal, possibilita o estudante a acompanhar as ações, o que acontece com as personagens, relacionar a história com eventos que geralmente podem ser em partes reais, ou fantasiosas, entender a mensagem e, ao final expressar sua opinião, desse modo manifesta-se à aquisição de conceitos. Nesse sentido, “[...] O verdadeiro conceito é a imagem de uma coisa objetiva em sua complexidade.” Vygotsky (1934/1996).  
 
No seu trabalho sobre a “Formação de conceitos em crianças cegas” Batista (2005), mostra precisamente a definição do termo “conceito”, utilizado por Vygotsky, afirma que:
 “[...] Apenas quando chegamos a conhecer o objeto em todos os seus nexos e relações, apenas quando sintetizamos verbalmente essa diversidade em uma imagem total mediante múltiplas definições, surge em nós o conceito.” (Vygotsky, 1934/1996, p. 78).
           Nesse sentido, a representação pelo pensamento possibilita a aproximação do estudante com as ações do objeto representado, neste caso as ações dos personagens da tirinha. Essa representação é influenciada na proposta de trabalho desenvolvida por Motta e Filho (2010), a “Audiodescrição: transformando imagens em palavras”.
Esse conjunto de estratégias audiodescritiva com a mediação linguística ou intersemiótica é um interessante instrumento didático, é uma atividade que também pode ser desenvolvida com toda turma no contexto da sala de aula comum. Desse modo, todos se beneficiam do uso desse recurso facilitador que amplia o acesso à cultura e à informação, contribuindo consideravelmente para a inclusão cultural, social e escolar.
Pois, tem como objetivo estimular a memoria para compreender e explicar os fenômenos ao seu redor conferindo autonomia às pessoas com deficiência que dela necessitam.
Motta e Filho (2010), p.13-14) consideram em seus relatos a fala de Letícia Schwartz ao dizer: "Audiodescrever me deixa feliz. Simples assim. Discutir metodologias e sistemáticas, assistir a um mesmo filme até quase conhecê-lo de cor, estudar e me informar sobre assuntos que não domino para melhor compreender as imagens. Garimpar palavras que correspondam exatamente àquilo que quero descrever, cortar-ajustar-encaixar narrações nos espaços disponíveis como quem monta um quebra-cabeça. Ouvir o filme de olhos fechados e perceber que ele se torna compreensível". (2010, p.13-14).
 
REFERÊNCIAS
Endereço da Internet
BATISTA, Cecília Guarnieri. Formação de conceitos em crianças cegas: questões teóricas e implicações educacionais. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 2005, Vol. 21 n. 1, p. 07-15. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ptp/v21n1/a03v21n1.pdf. Acesso em 10/11/2013.
MOTTA, Lívia Maria Villela de Mello; FILHO, Paulo Romeu (Org.). Audiodescrição: transformando imagens em palavras. São Paulo: Secretaria do Estado dos Direitos das Pessoas com Deficiência, 2010. Disponível na opção LIVROS do site: www.vercompalavras.com.br.Acesso em 01/11/2013.
 

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

EDUCAÇÃO INCLUSIVA

A INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA NA APRENDIZAGEM DAS CRIANÇAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS: "UMA POSSIBILIDADE PARA O DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS SÓCIOCOGNITIVAS"

Justificativa
        Na perspectiva inclusiva, a prática de intervenção pedagógica na escola comum consiste em reconhecer as diferenças dos alunos diante do processo educativo, buscando a participação e o progresso de todos. Assim, garantir maior equidade, desenvolvendo no ser humano valores e atitudes de solidariedade, bem como assegurar às pessoas com Necessidades Educacionais Especiais–NEE a sua integração e participação na sociedade.
        Seguindo as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica, a Escola Municipal de Ensino Fundamental Prof. Laércio Fernandes Monteiro situada no Município de Natal/RN, no turno vespertino do ano de 2012 matriculou no atendimento educacional especializado–AEE, condicionada à matrícula do ensino regular, 13 alunos com Necessidades Educacionais Especiais–NEE.
        Tendo em vista os alunos que apresentam necessidades educacionais especiais – NEE e que ainda não se encontravam alfabetizados, como estavam impossibilitados de aprender e de participar nos espaços comuns de aprendizagem, sentimos a necessidade de fazer um trabalho que suplementasse as suas formações. No entanto, mesmo que de forma lenta, o grupo apresenta os seguintes desenvolvimentos em relação à Lectoescrita:
• Interpretação de Fragmentos da linguagem escrita;
• Relação entre desenhos e textos;
• Relação entre letras e números;
• Interpretação do nome próprio;
• Conhecimento das letras.
        Considerando as habilidades até então desenvolvidas pelos educandos, bem como as dificuldades apresentadas em relação ao sistema de escrita e também por apresentarem transtornos da linguagem, que afetam a expressão e compreensão, ficam em desvantagens em relação aos alunos ditos normais. Nessa compreensão, o trabalho consiste em aspectos relacionados à aquisição da linguagem escrita com foco na mediação em leitura, uma vez que esse processo pressupõe a utilização de várias capacidades intelectuais, bem como aspectos da psicomotricidade. Acreditando nas potencialidades e possibilidades dos alunos com NEE, consideramos que esse projeto poderia contribuir de forma significativa com a aprendizagem da leitura e da escrita.
         Mesmo apresentando ausência de constância em seus esquemas de interpretação. Foi notório que os alunos com NEE são capazes de fazer construções a partir da utilização de capacidades intelectuais, como a classificação, a associação e a generalização.
         Considerando as peculiaridades de cada aluno, a organização do AEE deu-se de forma individual e em duplas, duas vezes por semana com uma hora para cada aluno assistido. Na elaboração do plano de atendimento, foi definido o tipo de atendimento de acordo com as dificuldades e potencialidades do aluno.
         Os recursos utilizados foram: materiais didáticos e pedagógicos acessíveis (livros de literatura, jogos táteis, em LIBRAS, dicionário em LIBRAS, entre outros); prancha de comunicação; materiais confeccionados pela professora como textos transcritos, materiais didáticos pedagógicos adequados, textos ampliados, gravação dos próprios alunos “lendo” textos, confecção de livro de conhecimento para ser utilizado na sala de aula comum; e alguns materiais adaptados tais como: engrossadores de lápis feito com espuma e plano inclinado feito com madeira.
        Os resultados do trabalho mostram que todos são capazes de aprender, mas é preciso saber ensinar. Nessa dinâmica, o professor mostra-se como um profissional com diferentes práticas pedagógicas não só por criar parâmetros de atendimento, mas por não padronizar o ensino e nesta empreitada, garantir igualdade de condições que contemple indivíduos com NEE.
Objetivos Geral:
• Promover as condições para a inclusão dos alunos com necessidades educacionais especiais em todas as atividades da escola.
 
Específicos:
• Fixar as sequências gráficas de (palavras);
• Compreender e reconstruir um significado de um texto escrito;
• Reconhecer e identificar letras;
• Ajustar os temas simbólicos concordes: o sonoro e o gráfico;
• Expressar suas necessidades, seus interesses e sentimentos utilizando diferentes formas de linguagem;
• Desenvolver funcionalmente seu vocabulário;
• Realizar atividades perceptiva ou motora de forma autônoma.
 
CONTEÚDOS DO AEE
• Língua Portuguesa na modalidade escrita;
• Desenvolvimento de processos educativos que favoreçam a atividade cognitiva;
• Comunicação alternativa e aumentativa – CAA;
• Informática acessível.
 
METODOLOGIA
Para clarificar as ações realizadas no decorrer do processo, partimos da “proposição do caso à elaboração do plano de AEE”.
 
1ª Etapa
Inicialmente seguimos as “etapas” para a elaboração do plano de atendimento especializado de acordo com a necessidade específica de cada aluno:
• Apresentação do problema; 
• Esclarecimento do problema;
• Identificação da natureza do problema;
• Resolução do problema.
        Desta feita, partimos para a próxima etapa: conhecendo um pouco das dificuldades e potencialidades de cada aluno, começamos a desenvolver o plano, sinalizamos a importância da psicomotricidade para o aprendizado da leitura e da escrita.
 
2ª etapa
Apresentamos o livro de literatura contendo desenhos e texto, com o conto “Toca de gente, casa de bicho” do autor Mauro Martins (ilustrador: Flávio Fargas e da coleção: Ciranda) para que os alunos, individualmente, manuseassem-no. Após a familiaridade da criança com o livro, fazemos algumas perguntas relacionadas ao texto e as imagens. Aqui também observamos como a criança com NEE comporta-se diante da orientação espacial em leitura, solicitamos que ela acompanhe o texto com o dedo, enquanto a professora faz a leitura. No que concerne à oralidade, solicitamos que o aluno recontasse o conto e identificasse as causas e consequências da situação vivida pelos personagens. Nessa atividade, mesmo aqueles “alunos” que apresentam transtornos específicos da linguagem na área expressiva e/ou compreensão são estimulados a darem uma resposta dentro de sua lógica.
 
3ª Etapa
A partir do conto, propomos a confecção de um livro de pano com os desenhos contidos no livro. O mesmo foi apresentado e exposto para a comunidade escolar, em especial aos pais.
 
4ª Etapa
Paralelamente à interpretação da escrita, trabalhamos a distinção entre as letras e os números com alguns alunos. Utilizando jogos com figuras e letras para formar palavras, em que o aluno é solicitado a escolher as letras para formar o nome da figura, dentre as letras estão números, que também são identificados pelo aluno.
 
5ª Etapa
Foram realizadas atividades concernentes à identificação das letras que formam o nome e a interpretação das partes do nome próprio. Formamos o nome da criança utilizando as letras móveis de EVA, em seguida, solicitamos que ela componha o nome dela. Mostrando o nome dela, pergunte: O que é que está escrito? Você conhece esse nome? É o nome de quem? Em seguida, perguntar o nome das letras, alterar a ordem delas e verificar se, para a criança, o escrito alterado significa ainda seu nome. Esconder com um cartão uma parte do nome, perguntando a criança se a parte visível é seu nome. Concomitantemente às letras móveis, trabalhamos com o teclado do computador.
 
6ª Etapa
No momento da escrita, nós professores do AEE, transcrevemos a fala de alguns alunos que apresentam impedimento na escrita. Para os alunos que apresentam alterações da linguagem com maior incidência na área expressiva (por exemplo, dificuldade no ato motor da emissão oral) utilizamos a prancha de comunicação. Era observado a sua expressão. No entanto, alguns alunos que apresentam um processo de decodificação das palavras mais lento e se cansam quando leem conseguiram realizar a atividade (com ajuda). Aliado a isso, trabalhamos psicomotricidade, dando ênfase à importância da lateralidade, bem como sua autoestima, sempre elogiando suas atividades. Em todas as atividades, mesmo aqueles alunos que apresentam transtornos específicos da linguagem na área expressiva e/ou compreensão eram estimulados a dar uma resposta.
 
7ª Etapa
No âmbito do projeto, desenvolvemos ações que possibilitassem as crianças a interagirem com a expressão corporal. Utilizando o recurso que a dança disponibiliza, enquanto forma de expressão artística e corporal, e ainda a poesia “A bailarina”, da autora Cecília Meireles, ocorreu uma apresentação de palco para a comunidade escolar. Uma criança com NEE, caracterizada de bailarina, ao ouvir a declamação do poema por outro aluno com NEE, realizou movimentos suaves de uma bailarina.
 
AVALIAÇÃO
 
       Consideramos significativos os avanços alcançados e sabemos que “a importância da deficiência pode ser um fator importante quando se trata de conhecimentos que a criança deve construir por si mesma, a partir de relações que estabelece com o objeto de conhecimento.” (Figueiredo, 2012 p. 118). Entendemos que as ações têm seu valor pedagógico, na ocasião em que possibilitam a concretização da aprendizagem.
      Para uma flexibilização da organização escolar, visando ao bom funcionamento da educação especial, fez-se necessário programar ações e respostas específicas que deverão ir ao encontro as especificidades de cada educando. A avaliação alcança diversos espaços do aluno: Sala de Recursos Multifuncionais - SRM, sala de aula regular e família. 
      As crianças com NEE progrediram em alguns aspectos relacionados à aquisição da leitura e da escrita, apesar do seu ritmo mais lento do que as ditas normais. Apresentaram três tipos de comportamentos descritos por Figueiredo (2012) com relação à utilização de esquemas de interpretação do nome: os oscilantes, os hesitantes e os consistentes. Ademais, a presença desses esquemas mostrou-se em todas as atividades. Na sala de aula, as professoras relatam os avanços dos alunos em relação à atenção e a concentração, pois demonstram mais interesse e envolvimento nas atividades propostas. Na SRM e no AEE observamos a análise da produção escolar dos alunos, usando-se como fontes seus cadernos, folhas de exercícios, desenhos e outros trabalhos. O que os educandos aprenderam com o desenvolvimento do projeto:
• Conseguem ter controle de sua motricidade;
• Demonstram satisfação e interesse em produzir a escrita e valoriza sua própria produção;
• Vem melhorando a sua percepção em relação ao espaço, bem como a memorização das imagens reprodutoras, ou seja, ações vividas pelo aluno são simbolizadas no modo verbal e no modo gráfico (tentativas de escrever e falar as ações realizadas);
• Conseguem identificar e oralizar algumas letras do alfabeto em especial as vogais que compõem o próprio nome;
• Inicia a preocupação com as questões ortográficas. Produzem textos de forma convencional (com ajuda);
• Fazem leitura de imagem e utiliza-se das estratégias de leitura, por exemplo, estratégia de seleção, de antecipação, de inferência e de verificação. Quanto aos procedimentos de avaliação, pode-se considerar a “observação” para a coleta de informação e de análise dos dados. Para nortear as ações, foram organizadas estratégias que possibilitassem os conflitos cognitivos tais como: capacidade de antecipação, estabelecer critérios e autoquestionamento.
 
Critérios de avaliação:
 
• Expressar oralmente o conhecimento do nome das letras e sequência das letras que compõem o próprio nome.
• Expressar suas necessidades, seus interesses e sentimentos utilizando diferentes formas de linguagem.
• Desenvolver a autonomia e a independência frente às situações-problemas, agindo inteligentemente de acordo com a sua lógica.
• Representar seu mundo criativamente, situando-se como pessoa, num mundo de pessoas. Tendo em vista a importância da avaliação, consideramos seis aspectos principais: desenvolvimento intelectual e funcionamento cognitivo; a expressão oral; o meio ambiente; as aprendizagens escolares; o desenvolvimento afetivo-social e as interações sociais.
       Para melhor orientar a aprendizagem dos educandos, fez-se necessária uma série de instrumentos de avaliação, como os questionários utilizados para obter informações sobre a personalidade e a história do educando, bem como o seu rendimento escolar antes e depois do projeto. Através dos questionários concluímos que as crianças gostam da escola, tem amigos e admiram os professores; os relatórios contendo as observações do professor do AEE que foram analisados em equipe para prever os encaminhamentos e ações metodológicas que promovam a aprendizagem das crianças com deficiência no contexto escolar educacional inclusivo.
      As intervenções realizadas foram fundamentadas na interiorização da ação e destinadas a favorecer o desenvolvimento das estruturas intelectuais do educando. Foram mobilizados esquemas cognitivos ou linguísticos a partir da situação real de comunicação utilizando a sinalização (placas de comunicação e outros recursos), através de gestos ou expressões faciais e a postura do parceiro de comunicação que deverá fazer perguntas objetivas que valorizem as respostas. A partir do que foi mencionado anteriormente, por se tratar de uma avaliação, propomos como estratégias de ação que auxiliem no processo de ensino aprendizagem: o ajustamento na rotina, o plano individual, a flexibilização do tempo e do espaço e, no currículo escolar, e um olhar mais direcionado para as possibilidades de cada educando para romper com a dicotomia existente entre educação comum e especial.
 
Auto avaliação
 
    As contribuições do projeto contextualizam nossa realidade tanto no que concerne ao espaço escolar como no que abrange a dimensão social. Sempre partindo de realidades concretas (estudo de caso). A proposta foi bem aceita pelo grupo, em todas as etapas havia um dado e fato novo que suscitava ainda mais a curiosidade das crianças, bem como a da professora. Fatores que ajudavam a contextualizar o ensino e habituar o público alvo a viver novas experiências educacionais. O desafio maior, no entanto, reside como ensinar aquilo que eu quero que meu aluno aprenda. Essa vertente suscita a consciência dos nossos limites em relação ao conhecimento. Assim, a capacitação profissional constitui-se no pensar de qual melhor forma para meu aluno aprender aquilo que quero ensinar. Nesse contexto, as parcerias foram de fundamental importância para garantir o acesso dos alunos com deficiência ao ensino regular, bem como na formação do professor que vai trabalhar com estes alunos.
    Demonstrando um grande compromisso com a inclusão das pessoas com deficiência, a Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN desenvolveu o projeto de “Formação Continuada dos Professores das Salas de Recursos Multifuncionais” junto à coordenadoria de Educação Especial do Município; parceria do Centro de Atendimento aos Surdos - CAS que nos ofereceu formação na área de educação para surdos de educação para surdos com o ensino da LIBRAS. Destacamos a parceria com o Dr. Francisco (psicólogo) que muito contribuiu com o atendimento educacional especializado. Nessa integralidade é pertinente ressaltar a importância de algumas famílias na parceria do trabalho. Meu compromisso profissional foi atender as expectativas dos educandos independentemente de suas condições sociais, culturais e suas características individuais, buscando criar condições para que todos se desenvolvessem plenamente. Atualmente, sou aluna de um curso de Educação a Distância – Especialização em Educação Especial- Formação Continuada para Professores para o Atendimento Educacional Especializado / AEE. Estamos no início do curso, mas venho percebendo que os temas propostos para estudos são pressupostos para avançarmos em direção a uma necessária coerência com uma concepção mais atual de ensino e aprendizagem numa perspectiva de escola comum inclusiva.
 
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Direito à Educação – necessidades educacionais especiais: subsídios para atuação do ministério público brasileiro. Brasília; MEC/SEESP, 2001.
 
Figueiredo, Rita vieira de. Deficiência Intelectual: cognição e leitura/ Rita Vieira de Figueiredo. – Fortaleza: Edições UFC, 2012.
 
Inclusão: Revista da educação especial ano III/ NºB 4 Aprender e conviver na diversidade Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Brasília: Junho de 2007.
 
LE BOULCH, Jean. Educação psicomotora: psicocinética na idade escolar; trad, de Jeni Wolff. – Porto Alegre: Artmed, 1987.
 
Ropoli, Edilene Aparecida. A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar a escola comum inclusiva/ Edilene Aparecida Ropoli... [et. al.]. – Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial; [Fortaleza]: Universidade Federal do ceara, 2010.

domingo, 6 de outubro de 2013

A leitura e escrita do nome próprio no processo de alfabetização das crianças com deficiência intelectual


 

A leitura e escrita do nome próprio no processo de alfabetização das crianças com deficiência intelectual
                                                                                                           Ana Wilma Silva dos Santos

Na inclusão escolar é obrigatória uma escola em que todos os alunos nela inseridos aprendam independentemente de qualquer condição que o limite em seu direito de participar ativamente do processo escolar.  Nesse contexto observa-se a importância do professor do AEE na organização de ações especificas sobre os mecanismos de aprendizagem e desenvolvimento do aluno com Deficiência Intelectual e acontecerá conforme a necessidade de cada caso. Para BATISTA e MANTOAN (2007) o objetivo do Atendimento Educacional Especializado é propiciar condições e liberdade para que o aluno com deficiência mental possa construirá sua inteligência, dentro do quadro de recursos intelectuais que lhe é disponível, tornando-se agente capaz de produzir significado/conhecimento.
           No processo de aquisição da língua escrita o nome próprio constitui, segundo Ferreiro e Palacio (1988) uma aprendizagem singular, muito ligado a sua identidade. Ao mesmo tempo as autoras sinalizam que do ponto de vista da construção da linguagem, esta aquisição pode ser considerada como a primeira forma escrita dotada de estabilidade.

Para desenvolver a construção da leitura, nos alunos com Deficiência Intelectual, apresentamos uma atividade relacionada ao processo de apropriação de um objeto socialmente construído o “nome próprio”.
Com efeito, a aplicabilidade da atividade propicia a análise, a observação, a atenção, a imaginação, o vocabulário, a linguagem e outras dimensões próprias do ser humano.

Atividade com o nome próprio

Descrição da atividade

Uma caixa de sapato e/ ou de qualquer outro objeto, copinhos (vazios) de iogurte.

A atividade desenvolvida consiste na apresentação das letras que compõem o nome próprio do aluno, com o objetivo de desenvolver a linguagem oral, bem como contribuir para sua evolução conceitual para a aprendizagem da leitura.

Procedimento

A criança é solicitada a formar seu nome utilizando as letras que estão dentro da caixa. Desse modo, ela deve retirar de dentro da caixa as letras que compõem o nome próprio. À medida que ela vai identificando cada letra, as retira, ordenando-as fazendo a correspondência entre as partes do nome escrito e aquelas do mesmo nome falado.

Na avaliação da atividade no que concerne a interpretação do nome próprio, o professor deverá considerar se o aluno compõe o nome sem ajuda do professor; se ele considera que o seu nome está escrito, mesmo quando esta faltando algumas letras que o compõe; se ele considera que seu nome está escrito quando todas as letras estão visíveis, ainda que a ordem das mesmas tenha sido alterada e se considera que seu nome está escrito quando todas as letras estão na ordem adequada. O reconhecimento das letras do nome próprio está imbricado na mesma atividade acima descrita, pois, esta relacionada conforme o conhecimento que as crianças demonstram das letras do seu nome.

As intervenções pedagógicas que o professor de AEE poderá fazer para problematizar a situação de aprendizagem descrita na atividade estão presentes nos estudos de Figueiredo (2012), cujo objetivo é investigar como as pessoas com deficiência intelectual evoluem em suas concepções sobre a linguagem escrita. Tendo como aporte a metodologia desenvolvida por Ferreiro e Teberosk (1986) para estudar a evolução da linguagem escrita da criança normal.

Os aspectos de mecanismos de aprendizagem tais como: atenção e concentração são desenvolvidas a partir da utilização dessa atividade que consiste na interpretação do nome próprio e no conhecimento do nome das letras bem como a relação que as crianças escabecem entre os dois conhecimentos.

        
REFERÊNCIAS

BATISTA, Cristina Abranches Mota; MANTOAN, Maria Teresa Eglér. Formação Continuada a Distância de Professores para o Atendimento Educacional

Coletânea UFC-MEC/2010: A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar. Fascículo 02: Atendimento Educacional Especializado para alunos com deficiência intelectual. P.8 a p.18.

FIGUEIREDO, Rita V. Leitura, Cognição e Deficiência Intelectual. In: Deficiência Intelectual: cognição e leitura. FIGUEIREDO, Rita Vieira de. Fortaleza (CE): Edições UFC, 2012, Pag.15 - 43.

ASPECTOS FUNCIONAIS DO DESENVOLVIMENTO COGNITIVO DE CRIANÇAS COM DEFICIÊNCIA MENTAL E METODOLOGIA DE PESQUISA. Rita Vieira de Figueiredo e Jean-Robert Poulin.

 

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

FUNDAMENTAÇÃO TEORICA



Ana Wilma Silva dos Santos
Maria da Conceição da Silva
 

A primeira ideia que geralmente se tem do conceito de deficiência: É um comprometimento no qual a pessoa não tem probabilidade de desenvolver aptidões sociais, capacitações físicas e intelectuais.

Bersch e Machado (2007) apresentam analise dos estudos terminológicos adotados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a qual tem contribuído com a concepção que se tem sobre deficiência, igualmente, interagindo com outras áreas do conhecimento tem auxiliado a educação na busca de serviços e recursos que garantam a pessoa com deficiência sua participação na sociedade. Ao abordar essa análise, cita os artigos 3º e 4º do Decreto nº 3.298 de 1999 da legislação brasileira, que diz:

Art. 3º - Para efeito deste Decreto, considera-se:

I – Deficiência – toda perda ou anormalidade de uma estrutura ou função psicológica, fisiológica ou anatômica que gere incapacidade para o desempenho de atividade dentro do padrão considerado normal para o ser humano;

Art. 4º - Deficiência física – alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos do corpo humano, acarretando o comprometimento da função física, apresentando-se sob a forma de paraplegia, paraparesia, monoplegia, monoparesia, tetraplegia, tetraparesia, triplegia, triparesia, hemiplegia, hemiparesia, amputação ou ausência de membros, paralisia cerebral, membros com deformidade congênita ou adquirida, exceto as deformidades estéticas e as que não produzam dificuldades para o desempenho de funções.

As classificações sobre deficiência adotadas pela Organização Mundial da Saúde – OMS, aliadas a perspectiva inclusiva e aos seus conceitos, nos ajuda a não termos interpretações equivocadas e preconceituosas. Bem como definirmos politicas de atendimentos, recursos materiais, condições sociais e escolares.

Fica claro que as terminologias atreladas aos seus conceitos definem a nossa capacidade de se referir a deficiência como qualquer outra característica física da pessoa.

Com o proposito de esclarecer o que é Deficiência Física, (Bersch e Machado apud. BRASIL, 2006, p.28), cita o documento “Salas de Recursos Multifuncionais (SRM). Espaço do Atendimento Educacional especializado (AEE).” Pulicado pelo ministério da educação afirma que:

A deficiência física se refere ao comprometimento do aparelho locomotor que compreende o sistema Osteoarticular, o Sistema Muscular e o Sistema Nervoso. As doenças ou lesões que afetam quaisquer desses sistemas, isoladamente ou em conjunto, podem produzir grandes limitações físicas de grau e gravidades variáveis, segundo os segmentos corporais afetados e o tipo de lesão ocorrida.

Na SRM, espaço localizado nas escolas de educação básica, onde acontece o atendimento do AEE, para alunos público-alvo da educação especial no contra turno à escolarização, o profissional especializado que atua nesse espaço tem como uma de suas atribuições, diagnosticar quais os tipos e graus de comprometimento, e, complicações que em muitos casos vem associada à deficiência física, por exemplo, privações sensoriais, epilepsia, problemas de saúde, paralisia cerebral associada a problemas de comunicação entre outras. O conhecimento dessas informações ajudará o professor do AEE a entender e organizar o atendimento para o aluno e orientar o professor da sala comum sobre as especificidades de cuidados em relação às complicações.

 Bock e Bersch apresentam uma reflexão a respeito do trabalho do “Atendimento Educacional Especializado – AEE, na sala de recursos multifuncional, e o estabelecimento de uma rede de parcerias que contribua para uma compreensão e intervenção aprofundadas para a resolução de barreiras enfrentadas pelos alunos com deficiência física, na perspectiva da educação inclusiva.” (p. 1). As autoras acreditam que, se proporcionada essa rede de apoio e com intervenção educacional adequada, de certo rompe o ciclo de impossibilidade de escolaridade do aluno com DF. Ainda, segundo as autoras Bock e Bersch, garantir as condições de acessibilidade é uma parte importante do processo de inclusão dos alunos com deficiência. O que se pode afirmar é que tal percepção exige um processo de diálogo continuo, partilham de conhecimento, cooperação na gestão do ambiente escolar e parcerias complementares.

Ao identificar a natureza do problema do educando, bem como suas possibilidades a professora do AEE deve elaborar o plano individual que atenda as necessidades do educando e quais recursos da área da tecnologia assistiva (TA) produzirá para desenvolver sua ação e a ação do educando, para que o mesmo possa participar das atividades escolares com autonomia.

 

Referências:

Carolina R, Schirmer...[et al.]. Deficiência Física – São Paulo: mec/seesp, 2007.

Böck, G. L. K. e Campos, L. D. O Passo a Passo do Estudo de Caso para pessoas com Deficiência Física, 2013.

 

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

TECNOLOGIA ASSISTIVA – TA


TECNOLOGIA ASSISTIVA – TA

          Ana Wilma Silva dos Santos

A área da tecnologia assistiva que se destina especificamente à ampliação de habilidades de comunicação é denominada de Comunicação Aumentativa e Alternativa (CAA).  O uso desse recurso destina-se a indivíduos sem fala ou sem escrita funcional ou em defasagem entre sua necessidade comunicativa e sua habilidade de falar e/ou escrever.

Deveremos utilizar imagens que fazem sentido para o usuário e, em se tratando de recursos de comunicação no ambiente escolar, por exemplo, um aluno com paralisia cerebral do tipo espástica com uma disartria moderada em sala de aula, o professor deverá construir os recursos de acessibilidade e criar várias atividades educacionais para garantir acessibilidade e participação desse aluno em sala de aula comum.

Exemplo de um recurso da Comunicação Aumentativa e Alternativa (CAA)

As Pranchas de comunicação expõem vários símbolos e são construídas conforme as necessidades comunicativas do sujeito usuário desse recurso, neste caso são personalizadas.  Existem diversos tipos que podem ser utilizadas por vários usuários em ambientes escolares, turma biblioteca entre outros. Esse recurso possibilita um ambiente produtivo de símbolos e comunicação nos diversos espaços educacionais.   Tem o objetivo de ampliar o repertório comunicativo que envolve habilidades de expressão e compreensão da pessoa com deficiência.

Prancha de comunicação com símbolos, fotos ou figura.

Descrição de imagem:

Visualiza-se uma prancha de comunicação com dezoito símbolos gráficos PCS cujas mensagens servirão para escolher alimentos e bebidas. Os símbolos PCS estão organizados por cores nas categorias sociais (oi, podes ajudar?, obrigada); pessoas (eu, você, nós); verbos (quero, comer, beber); substantivos (bolo, sorvete, fruta, leite, suco de maçã e suco de laranja) e adjetivos (quente, frio e gostoso).


domingo, 21 de julho de 2013

AEE Fechamento_Ana Wilma


A importância do AEE na construção de saberes dos alunos com NEE

     Ana Wilma Silva dos Santos

Compreender o papel do professor de Educação Especial nas políticas de perspectiva inclusiva ainda é um desafio em minha prática pedagógica, pois é um percurso longo que tenho a percorrer. Sei que não há fórmulas secretas, porém, através da reflexão e troca de experiências e reconhecimento das diferenças, venho constituindo minha prática. Essas situações vêm possibilitar eu ver e rever as estratégias utilizadas no tocante ao atendimento Educacional Especializado.

As discussões e trocas de experiências permeiam nossos planejamentos pedagógicos com temas específicos de educação especial, são ouvidas as angústias e questionamentos do saber e fazer pedagógico.  Os estudos e o envolvimento significativo do professor da sala regular, do professor de AEE e da família vêm possibilitando a construção de uma prática pedagógica diferenciada e mais significativa.

Nessa compreensão, o professor precisa ter a inclusão como um valor e não como um procedimento, pois, o nosso papel transcende o de um organizador de estratégias didáticas. A peça chave é o comprometimento com o cuidado autêntico, ou seja, atenção, carinho, zelo, dedicação, enfim envolvimento afetivo e empatia com o outro.

É importante ressalta a contribuição da Universidade Federal do Ceará com a oferta da disciplina Atendimento Educacional Especializado para alunos, do Curso de Formação de Professores para o Atendimento Educacional Especializado, busca discutir aspectos relevantes acerca das medidas de caráter legislativo, social e educacional. O estudo de caso é um aliado para a elaboração do plano do AEE, possui aspectos relevantes para o desenvolvimento do trabalho do professor do AEE, pois me ajudou a reconhecer as necessidades e habilidades do aluno. Ao identificar certas necessidades do aluno e reconhece também as suas potencialidades, partir de ambas e comecei a organizar o meu plano de atendimento.

O Plano do AEE contribui de forma significativa para a aprendizagem e desenvolvimento dos alunos. O mesmo possibilita avaliar a funcionalidade e a aplicabilidade dos recursos educacionais e de acessibilidade na sala de aula comum do ensino regular, bem com refazer o plano para o aluno caso não esteja garantindo a participação do mesmo nas atividades escolares.

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Sugestão de vídeos sobre tecnológias



    
 
 
Comentário do vídeo
    
O vídeo Helpdesk (“balcão de ajuda”) retrata a resignação do homem conservador diante das novas tecnologias. No caso, o homem – no período da Idade Média – teve dificuldades no manuseio da nova tecnologia à época: o livro de papel. O novo usuário precisou dos serviços de apoio para suporte e resolução de problemas – o Helpdesk – para entender como se abre e fecha um livro. Hodiernamente, situação bastante parecida com àqueles que não são familiarizados com o computador.

 

Pesquisa sobre Educação Especial


SALAS DE RECURSOS MULTIFUNCIONAIS
     Eu sugiro a leitura da Nota Técnica n° 11/2010 – Orientações para a institucionalização da oferta do Atendimento Educacional Especializado – AEE em Salas de Recursos Multifuncionais implantadas nas escolas de ensino regular.
     O que define a implantação das salas multifuncionais é o resultado do censo escolar, instituídos pelo documento Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (2008), o mesmo documento concebe o acesso, a participação e a aprendizagem dos alunos com deficiência.
   As Salas Multifuncionais – SRM são ambientes onde acontece o Atendimento Educacional Especializado – AEE, no qual as ações realizadas pelos profissionais de educação têm como objetivo possibilitar a valorização da diferença e a construção de abordagens pedagógicas significativas no sentido de romper barreiras que desqualificam as pessoas com deficiência de aprender.
   
    Para este propósito, a Sala de Recursos Multifuncionais – S RM, é um espaço inserido na escola, previsto nas determinações das Diretrizes Nacionais para a Educação Básica/2003 e nesse âmbito, objetivando viabilizar intervenções pedagógicas especializadas, bem como recursos, mantidos em articulações com a comunidade escolar, com a família e com as instituições que atuam na área das deficiências, para favorecer a aprendizagem diante das dificuldades especificas do educando.
    
     Compreende-se que o ensino neste espaço não é uma especificidade para o aluno com deficiência, mas, pondera o ensino que abrange adaptação critica a diversidade e a diferença. Nesse interim, entendemos que toda ação tem seu valor pedagógico, no momento em que possibilita a concretização do processo de aprendizagem, Entretanto,  o trabalho não se confunde com atividades de reforço escolar, mas ações que facilitem o aprendizado nas aulas regulares.
 
     Portanto, entendemos que esse ambiente prima pelo o acolhimento à diversidade e a diferença contribuindo para uma atuação que concebe a inclusão como prática efetiva.
 REFERÊNCIAS
BRASIL. MEC.SEESP. Política nacional de educação especial na perspectiva da educação inclusiva, Brasília, 2008. Disponível no portal.mec.gov.br. Acesso em 12/05/2013
Programa Implantação de Salas de Recursos Multifuncionais - NOVO / Disponível no portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view...id...‎acesso em 12/05/2013 as 16:53
 
 

Conquistas e dificuldades em ser um aluno à distância


EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA: UMA POSSIBILIDADE NECESSÁRIA A EDUCAÇÃO

ANA WILMA SILVA DOS SANTOS  CEARÁ-MIRIM – RN,  30/04/2013

     Vivemos num mundo globalizado onde a construção do saber se torna cada vez mais complexo e exige novos modelos de práticas educativas que definam os sentidos de aprender e educar. Nesse pressuposto nós profissionais de educação precisamos estar abertos às reformas do pensamento, ou seja, novas formas de ver o mundo.
    Discorrendo sobre os textos de Moran, uma questão importante foi a de um bom “curso” à distância ou presencial, sobre o qual ele nos faz refletir sobre o comprometimento e autodisciplina que o torna prazeroso e de realização profissional e pessoal. Moran (2002) enfatiza que precisamos aprender a equilibrar o planejamento e a flexibilidade (que está ligada ao conceito de liberdade, de criatividade).   Compreende-se que, para definir uma boa aprendizagem  no campo virtual e imprescindível a utilização de uma metodologia capaz de provocar um retorno satisfatório a comunidade, com contribuições significativas, tendo em sua essência, a transversalidade dos saberes.
    As conquistas de ser uma aluna deste curso a distância é o leque de conceitos que são fundamentais para a compreensão da minha prática no AEE. No entanto, as dificuldades decorrentes de diversos fatores que interferem no bom andamento, tais como a compreensão e interação com algumas ferramentas de ordem tecnológica, reforça-se a compreensão de estratégias que viabilizem a logica do ambiente de estudo. Assim sendo, estratégias para aumentar o nível de conhecimento sobre as ferramentas, identificação da prática de um bom aluno virtual e exploração das  leituras propostas para abordagens provenientes de temas nos construtos da inclusão de pessoas com necessidades especiais.
     Considerando a importância das contribuições do curso a distância ou presencial  o sentido do aprender e do educar requer o desdobramento da pratica pedagógica,  a priori  possibilita o acesso ao saber a todos, uma possibilidade necessária a educação.
 MORAN, José Manuel, MASETTO, Marcos & BEHRENS, Marilda. Novas tecnologias e mediação pedagógica. 14ª edição, Campinas: Papirus, 2007.www.eca.usp.br/prof/moran/textosead.htm